OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, outubro 11

A cozinha — por Fabrício Carpinejar

A Cozinha Gorda é uma esperança, porque renova o trajeto do autor. É possível dizer que é ainda melhor do que Vitrola dos Ausentes, mas seria um golpe baixo, desonesto. É um livro que o completa.
A falta de lugar é o ponto de vista de um menino que vê sua mãe se movimentar na cozinha. A cozinha é uma sala de estar mais do que a sala de estar. Paulo Ribeiro faz uma justiça com um pedaço vivo da residência, sempre deixada de lado nas histórias gaúchas.
Há uma naturalidade que cativa em cada parágrafo, o olhar vem sempre de baixo, de viés, como se o guri descrevesse o mundo do chão de uma mesa.
Não há um olhar de frente. O olhar é para os ouvidos. Papo de ouvidos para ouvidos.
Paulo parte da tese de que na cozinha não se mente. No quarto, na varanda, no pátio, a mentira até pode passar despercebida. Na cozinha não, lugar do tira-gosto, da proximidade leal entre o estômago e o coração. A vida ali é discreta e não daria um livro.
É justamente o que não rende livro que atrai.
Lançamento na sexta, às 18, na Feira do Livro.