OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

sábado, setembro 9

Sombra

Sombra que anda, pára, se agacha, a sombra é um malabarismo, a sombra de quem vem grávida engravida o chão.
A sombra é limpa, seca, molhada, a sombra navega o pentelho que se urinou.
A sombra acompanha, teima e reclama, a sombra que a forca inverte vira um balão.
Sombra menina, sombra perneta, a sombra anda na água pra não se afogar.
A sombra que pensamos soleira é a luz bem parada.
O pólen é a sombra da flor que saiu pra voar.
Sombra doce, sombra salgada, já viram nos contos de fadas a sombra falar?
Sombra postiça, sombra branca, sombra de tília e galinha, sombra que não é.
O corvo é a sombra, ele mesmo. Voa sombra peluda, careca, a sombra que aumenta e deforma é a sombra das mãos.
É cavalo, girafa, é um sapo, a sombra é a gente depois.
A sombra é um desenho provisório.
A sombra em que eu me olho é a vida se vendo.
pr