Reflexões do escritor
Tudo de fralda plástica.
E vivia de fralda plástica num lugar sem se lembrar.
Nem no quarto sabia onde estava.
E pra esse paraíso ser mais paraíso, tranqüilo, botavam no quarto dela o rádio preto com Yesterday.
O rádio se acendia pra esquentar a válvula.
Mar, vento, espuma, sangue do nariz.
Ah, TVs ligadas, alegres, tempo da gata andando por cima da máquina de lavar.
Tempo da cor de um eclipse pra porco também ver.
Por que é que sai na praia mais sangue do nariz?
E o Pateta de cabeça arrancada?
Alguém que não quero vem pra jantar.
Alguém que não corrigiu os erres de sua criança pra ser escritor!
pr
<< Home