Coração na mão
—Tinha tanto cabelo que nem escutou.
— E sim?!
— Os cabelos, negros, bonitos...
— E ela braba, decerto?
— O olhinho mais azul ainda e eu olhando aquele olhão.
— O maior pecado.
— Pra ver.
— Santa...
— Perguntava, “que é que eu fiz”, que ela não sabia o quê.
— E você?
— Eu disse: onde estiver um coração na minha mão, eu jogo com a moça?
— E ela. Quis jogar?
— Não entendeu. Mas ainda a amo!
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