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segunda-feira, abril 10

Por quem, Madonna, a gilete de Marilyn?

Por quem as cortinas se abrem, por trás delas se bufa, se tropeça o português?
Por quem os peões se movem, borboletas batem asinhas, faz estalar a madeira e os cínicos se dobram a beijar?
Por quem os cínicos florescem? Quem traz riscos, cheiro, o vestido malicioso, os miseráveis em procissão?
Por quem ofertas, pagão, a tua missa? Por quem se nada às braçadas, se vai às gargalhadas, se drogam, sem embaraçam nos lençóis?
Por quem o trompetista? Em quem os turfistas apostam, esse silêncio súbito, essas mãos que suam, o lúmpen social?
Quem morreu de amores, por quem o anão cochila? O cuspe, o soco, quem inventou o penico, afinal?
Quem inventou a dobra do dinheiro? A doméstica, a polícia, a expressão canalha, marginal!!?
Por quem se agacham os poderosos? Quem é gentil, fingida, ingênua, quem dormiu com o Almirante e o Papa Pio?
Por quem se bicam, bebem tônica, a Lan trepida, o doce ruborizar?
De quem falam, levantam infâmias, o chiiii improvisado de um jazz?
Por quem vibra a arquibancada?
Por que a Playboy no banheiro, por quem a hóstia, o cálice, as vezes do Bis? E a safadeza? De quem é? Por que sais? Por quem Bogart no balcão?
Por quem o facho de luz, as aspones de Lázaro, o ato da crucificação? Por quem se fazem os homens cachorros?? Por que o jogo enrola, o carnaval não decola, o teu-pezinho-junto-ao-meu? Por quem a partida, a emoção pura, o smoking alinhado, o poema do feijão?
Por quem se excita, se afunda o Parlamento, soa lá o BigBen?
Por quem a mão no joelho de uma amiga com segundas intenções? Por quem, Madonna!, as curvas das axilas, a gilete de Marilyn?
Por quem se erguem os braços, por que ta tão empestado o ar desse show? Por que o esperma, cidadão?
Por quem?
Pra quê?
Por quê?
Por que somos tão baixos, machos, esse gosto artificial??

pr