OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, abril 19

Poema errado pra Lurdica

O poema queria falar de um rio
Mas dizia de um rio sem conhecer a chuva
E esse era o erro do poema
Um rio tristonho porque queria conhecer a chuva
E, pelo poema, nunca conheceria
Nunca!

O rio olhava a chuva
Era errada a poesia

E a garota gostava
O rio ia convidar a chuva pra dançar
Nunca conseguiria

A chuva achava de não chover no rio
Chovia noutro

E o rio tristonho

E Lurdica gostava
E chorava junto

E o poema dizia que não entristecesse mais seu coração
E a garota então ria
Ria do rio da música porque o rio era só do poema
As cachoeiras dele, as cascatas também
Só na tinha chuva
Não, só o frio, era o seu tempo

E o riozinho entristecido
Rio sem chuva não é nada

E o riozinho dizia pra chuva, me leve!
O poema pra Lurdica dizia isso
Cheio de erros, mas de bom coração

Há muito, soube da morte de uma irmã, Maria de Lourdes (que morava em Esteio e conheci apenas por foto), encontrada em Cidreira enroscada em redes de pescadores. Entre ilustras que agora preparava, percebi sua presença no desenho acima. Para ela, o texto.