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domingo, abril 9

N. Sra. de Fátima e Santa Esmeralda

Bandeirinhas de plásticos, crescemos agitando essas até a adolescência. Depois, crises e namoros concorriam com a nossa “alienação’. Nos faziam alienados, era de se contar nos dedos consciência política. No colégio, Moral e Cívica, enquanto a América era estrategicamente minada por golpes de milicos subservientes. E comprávamos de tudo. Camisetas com as cores dos EUA se chegou a trajar.
Para cada sussurro de Elis, inundação de luzes e globos. Alto-som! Nossos Grêmios Estudantis “promoviam” o esporte, boatezinhas, excursões. Era amar ou deixar. Já mesmo em Geisel, uma tentativa que fizemos de levar um texto de Millôr pelos alto-falantes foi “desplugada” por não haver condições.
Censura ainda, mas já não éramos inocentes.
E aí que entra o “Fátima”. Ávidos pela vida em período de “alienados”, nos refugiamos naquele clube fundado por um frei comunista, justamente no ano do golpe. Ali, no Fátima, gastamos as nossas energias, dançando sob o olhar do capuchinho barbudo pregado na parede.
Do Fátima ao futebol, um ciclo foi cumprido.pela nossa geração em Bom Jesus. No “segundinho” do Santa Cruz, ponta-direita, jogava o Eduíno. E o Eduíno Freitas era também o DJ do Fátima e daí a liberdade pra se pedir. “Toca mais uma lenta, Eduíno!”.
É que era muito aquela do Santa Esmeralda, Don’t Let me Be Misunderstood...
E se dizia: uma lenta, Eduíno!
E ele tocava aquela: “Tu”. Do Júlio César. E tocava cinco, 178 vezes. E os namoros começavam e a luz era negra para se dançar naqueles domingos, final de tarde.
Sem saber, o Eduíno e o Fátima nos fizeram felizes num período do qual não trouxemos nem culpa ou remorsos.
pr