Desdém a Deus
O que sei do amor?
O que sei da bondade?
Indago do carinho e esperança que nunca em ti reconheci.
Não se pergunta ao amor.
Não se pergunta da bondade, eu sei.
Acredito em ti porque duvido.
Senhor, eu não sou crédulo em tuas coisas.
Teus pressupostos eu pergunto quais?
Eu quero nome aos bois, Senhor, na minha incredulidade.
Não me ames tanto, por isso, basta!
Eu quero poder dizer-te, não!
Eu quero poder esgarçar o meu sorriso de desdém
Deixa eu praguejar o que de ti aceito,
deixa, Senhor,
tu que não me ensinastes o espasmo de um abraço, de um carinho bom!!
Já não rezo, brigo, e te oferto.
Eu trago à tua cabeceira esta grave presença que me faz rezar assim e te anunciar:
Mãos ao alto, Deus!!!
E a minha generosidade é então arrancada dos braços teus.
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