OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

terça-feira, março 14

O coração do Rozeno

Esse enfartado é o coração do Rozeno.
Esponja grande, o Rozeno tinha o coração pra dentro, disseram, quando morreu.
A dor, o dia que a dor lhe veio, lhe deixou esfaqueado.
Bem esfaqueado ficou de olho aberto o Rozeno. Bonatto com a doçura que tinha de gente do interior.
Fervia de quente o coração do Seu Rozeno.
Seu grande coração decerto queimava no enfarte dele.
O susto foi um só. Soubera já mortalmente do seu coração pifando.
Dói a cabeça. A cabeça dó de aviso.
Para alguém sozinho como o Rozeno, tragam água nesta hora.
E diz-se que tava sozinho. Quê se abraçou com força. Decerto pra não morrer.
Que seu peito ardia. Que acharam o homem pesado de olhão aberto.
Ar de criança triste já sem tremor. De cabeça pendente.
Morto.
Sozinho.
Trecho de Valsa dos Aparados, contos, p. 121.