As tranças do Brasil
são tranças que surgem em recortes,
que ardem, incendeiam,
pensionistas da Aracruz!
E descobrem que as tranças procriam,
riem, sacodem,
e as tranças serão pagode
ou novelas da TV
As tranças chamadas Leonídias,
são Juras, eleitas, as tranças do campo, perfeitas!,
vão chamar de Sangue Bom:
doarão órgãos, medirão seus ossos
e as tranças desfilarão magrelas
as remelas de um batom
As tranças ganharão crianças,
as tranças abrirão poupança,
as tranças de tão mexicanas
anúncio para a chuva molhar
As tranças no campo das idéias.
As tranças virarão matérias,
tranças-chapinhas,
tranças em evolução
As tranças formigas, as tranças da Universal!
Tranças e tranças no processo industrial:
tranças por cento,
tranças ao quilo,
as tranças serão pós-modernas,
as tranças, baderna,
as tranças no cordão.
As tranças do Pelourinho.
As tranças da Paraíba.
As tranças pó-de-arroz ou centeio,
as tranças partidas ao meio lembrarão minha avó.
As tranças do hip do hop,
as tranças que mostrarão chicotes nas casas de diversão
As tranças como prova, as tranças pro DNA.
E as tranças subirão o morro,
as tranças pedirão socorro,
não mais tranças, destrançar...
Já então tranças dos Campos
Poesia Concreta
as tranças serão oferta nas saídas do metrô
E do Itaim ao Congresso farão sucesso
as tranças estendidas na rede
lá nos braços do Bial!
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