Broca
Ele esbrugalha, pisa e carnavaliza ainda a rua velha em sua morte. Esta laje onde pneus tiniram é só agora uma forma de amor deste homem hábil.
Ama o que faz. Surdos são os seus passos em torno da pedra construída. A pedra que é pedra agora arrependida e o homem a toma, a broca e a maquina.
Estúpido é o homem que faz a pedra e a desfaz e desfaz.
Pra quê?
A máquina e o homem ainda rugem e a pedra despedra-se.
O som da rua que o homem corta ali é como o som de um aborto.
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